Com a ajuda do Prof. Carlos Eugênio Marcondes de Moura, grupo busca compreender a essência do candomblé e sua influência na cultura brasileira, como nos conta Gabriela Rabelo
Dir.José Renato e elenco em encontro com Prof. Carlos Eugênio(de azul, à dir) |
"Morrer não é nada. Não, viver é que é medonho." (Raul de Xangô - um mago) Esta fala de Raul de Xangô é a epígrafe de um artigo de Carlos Eugênio Marcondes de Moura do artigo Reintroduzindo que ele escreve para o livro Candomblé - Tipos psicológicos nas religiões afro-brasileiras, que é um dos inúmeros livros que esse autor já organizou e escreveu. Sua obra se debruça sobre os territórios de história social e de teatro. Organizou coleções sobre a religião dos orixás, voduns e inquices, além de ter traduzido obras de Pierre Verger e Lydia Cabrera.
Esse estudioso é daquele tipo de pessoa que consegue ser gentil, inteligente, culto, generoso, tudo ao mesmo tempo e em grande quantidade. O Grupo Luz e Ribalta teve a sorte de poder participar de dois encontros com ele onde ele discorreu sobre o Candomblé, em geral, e sobre Exu, em particular.
Foi um encontro rico e fecundo, pois ajudou a todos os que participam da montagem de O Grande Grito a entender um pouco mais sobre essa religião que entrou na cultura brasileira de forma decisiva e transformadora, mas sobre a qual sabemos tão pouco, e da qual usufruímos no nosso dia a dia de forma sincrética e embaralhada.
Todo o vasto conhecimento de Carlos Eugênio vem de um estudo acadêmico profundo e de uma pesquisa de campo muito vasta, no Brasil e na África. Ele é Doutor em Sociologia pela USP, ator formado pela EAD/USP efoi professor na Universidade Federal do Pará, na ECA/USP. Participou da curadoria de diversas exposições em São Paulo, Rio de Janeiro, Frankfurt (Alemanha) sobre religiões brasileiras de raízes africanas.
Prof. Carlos Eugênio(de azul,à esq.) explica a natureza da religiosidade africana tão presente na cultura brasileira |
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