Quem vai assistir ao espetáculo O Grande Grito, de Gabriela Rabelo, com direção de José Renato, em cartaz no CCSP-Sala Jardel Filho, até dia 17 de abril e se depara com um cenário cheio de caixas velhas, dando a impressão de um depósito, nem imagina os detalhes que estão por de traz.
Para compor o elogiado cenário, que é o porão de uma biblioteca na Lapa, onde ficou guardado por muito tempo todo o acervo trazido pela Missão de Pesquisas Folclóricas, ocorrida em 1938, o cenógrafo Márcio Tadeu contou com a ajuda preciosa de uma competente aderecista: Helô Cardoso (Heloisa Cardoso Villaboim de Carvalho)/foto acima. Ela trabalha com teatro desde 1982 aproximadamente e também é professora de máscaras e cenografia na Unicamp.
Helô nos conta que foi assistente de Marcio Tadeu por muitos anos, e o considera seu grande mestre, além de outros como Donato Sartori - mascareiro italiano, Alvaro Apocalypse e Prof. Geraldo Arcangelo.
Para O Grande Grito, Helô conta que montou uma equipe de cinco pessoas - Eduardo Caiuby, Rosaly de Simas, Caio Sanfelice e Gabriel Caiuby , com as quais fez muito envelhecimento, pois o espetáculo trata de épocas diferentes, usou caixas, papéis envelhecidos além de confeccionar adereços , quadrinhos naifs, alguns objetos e esculturas.”Foi muito bom trabalharmos com este grupo”, diz ela.
Casal Rosi e Rico (interpretados por Miriam Amadeu e Murilo Inforsato) entre as caixas do depósito da biblioteca (foto:Joao Caldas) |
Para Helô Cardoso o adereço pode ajudar muito um ator em cena. Ele pode ser uma ferramenta de força, com a qual se passa para o personagem mais informação - época, afetos , relacões estabelecidas com outros personagens etc... No caso dessa peça, todos os objetos são muito importantes, pois eles contam parte da história a ser vivida pelos atores.
Mas quem é que põe no lugar certo, tudo que é usado durante o espetáculo? Amanhã você conhece um pouco mais sobre o trabalho do contra-regra. Como eu disse no começo, são detalhes que fazem um espetáculo como esse funcionar. Você confere O Grande Grito, na sala Jardel Filho do CCSP, ás sextas e sábados - 21h ou aos domingos – 20h, até dia 17 de abril.
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