segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O Grande Grito tem participação no III Encontro de Teatro de Mauá

-divulgação-
A realização do III Encontro de Teatro de Mauá 2011 (20 a 25 de setembro/11) enfatizou o Intercâmbio Cultural, a popularização do teatro e a formação de público. Entre tantas atividades, foram realizadas oficinas culturais, palestras formativas, performances de dança e espetáculos teatrais.

O evento também foi uma possibilidade de intercâmbio entre artistas, realizadores, formadores de opinião e profissionais de teatro e, teve como propósito, engendrar um espaço de apresentação mediado por discussões, palestras e bate-papo. Entre os convidados, Ney Piacentini, Thaila Ayala, Carlos Palma, Sérgio Abreu, Paulo Goulart Filho, Roberto Barbosa, Kill Abreu, Gero Camilo, Gabriela Rabelo (grupo Luz e Ribalta), Mário Bortolotto, Beth Braith Alvim, Dalila Telles Veras, Celso Frateschi, Caco Ciocler, Grupo Artemis, Raio X Cultural, Cia Literatrupe, Grupo Apolo de Teatro, Buraco do Oráculo, Cia do Feijão, Trilhos Urbanos, Cia Foco, Quartum Crescente, Capa, Cia Paralela, Cia Rosa dos Ventos, entre tantos outros. Haverá vários palcos e lançamentos de livros, DVD Quartas Rock Intenções e documentário do Colégio Brasileiro de Poetas de Mauá.

Durante todo o evento o saguão do Teatro Municipal contou com a Exposição: “Ikebanas da Academia Sanguetsu”. O Troféu desse ano fez uma homenagem a Augusto Boal, falecido em 2009 e o nome do teatro brasileiro mais conhecido no mundo, destacou Caio Evangelista, coordenador do Encontro e membro da cooperativa paulista de teatro. O Coordenador espera que em 2012 Mauá, que já realiza um dos maiores festivais, possa tornar-se definitivamente uma referencia e realize um projeto para toda a cidade e ainda maior, conforme é o desejo de todos os realizadores.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Grupo Luz e Ribalta participa de Festival de Teatro em Araraquara

Mário de Andrade(Níveo Diegues) em colóquio com seu
personagem Macunaíma(Augusto Pompeo)
A peça o Grande Grito foi encenada dentro da 23ª Semana Luiz Antônio Martinez Correa e levou o recado sobre Mário de Andrade a centenas de jovens estudantes. O espetáculo muito aplaudido também contou com a participação da autora Gabriela Rabelo no Café de Investigação – debates paralelos ao Festival de Teatro. O comportamento inadequado de parte da platéia, na sua maioria estudantes, só reforçou a atualidade das preocupações do escritor Mário de Andrade sobre a cultura popular em nosso país.
Leia mais a respeito aqui

terça-feira, 14 de junho de 2011

Dobradinha Cultural Gratuita

Oficina Cultural Oswald de Andrade apresenta Mesa Redonda sobre Mário de Andrade e faz apresentação única da peça O Grande Grito

MESA REDONDA "MÁRIO DE ANDRADE: O ARTISTA E O ARTESÃO"
15/06 - quarta-feira - 19h30 às 21h30
Coordenação: Grupo Luz e Ribalta
Mediação: Gabriela Rabelo
Convidados: José Rubens Siqueira e Mirtes Mesquita

Mário de Andrade pode ser abordado por inumeráveis aspectos: "Eu sou trezentos, sou trezentos e cinquenta", disse ele de si mesmo num poema. A mesa discutirá um aspecto desse escritor que é pouco abordado: a do homem público, a do primeiro Diretor do Departamento de Cultura (atual Secretaria da Cultura) da cidade de São Paulo.

Gabriela Rabelo, atriz, encenadora e dramaturga, é autora do texto “O Grande Grito”, sobre Mário de Andrade. José Rubens Siqueira, dramaturgo, diretor e cenógrafo, é especialista na obra do escritor. Mirtes Mesquita, atriz e produtora, desenvolve pesquisa sobre a montagem de “Macunaíma” por Antunes Filho.

ESPETÁCULO “O GRANDE GRITO”
16/06 - quinta-feira - 20h
50 lugares (retirar convites com meia hora de antecedência)

OFICINA CULTURAL OSWALD DE ANDRADE
Rua Três Rios, 363 - Bom Retiro - Tel: (11) 3221-5558 / 3222-2662

sábado, 28 de maio de 2011

Cia Luz e Ribalta se prepara para levar o Grande Grito ao interior de São Paulo

Cidades onde Mário de Andrade passou parte de sua vida ou que tiveram a ver com sua trajetória artística poderão receber o espetáculo que já foi sucesso de público em São Paulo.

Acompanhe a agenda de O Grande Grito

02 e 03 de junho – São Roque – SP - 19h

15 de junho - Mesa redonda s/ Mário de Andrade*(19h30)

16 de junho - Apres. na Oficina Cultural Oswald de Andrade - Bom Retiro/Capital

19 de junho(20h) e 20 de junho(10h) - Itu - Teatro Temec

21 de junho (15h e 20h) - Teatro Mun. de Araraquara **

Notas:
*  Esta mesa redonda traz como convidados dois estudiosos de Mário de Andrade: José Rubens Siqueira e Mirtes Mesquita. Terá a coordenação do Grupo Luz e Ribalta e mediação de Gabriela Rabelo.
**Em Araraquara, cidade onde Mário de Andrade viveu por alguns anos após a morte de seu irmão, haverá também um bate-papo com a autora da peça o Grande Grito: Gabriela Rabelo.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Última Homenagem - Missa de 7º Dia para Zé Renato

Informamos aos amigos e seguidores que

A MISSA DE 7o DIA DO FALECIMENTO DO NOSSO QUERIDO JOSÉ RENATO
SERÁ NO DIA 09 de MAIO, SEGUNDA-FEIRA, ÀS 18 HORAS NA IGREJA DA CONSOLAÇÃO.
(Rua da Consolação - ao lado da Pça Roosevelt)


Pedimos que AVISEM AOS AMIGOS, por favor.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Morre em São Paulo Zé Renato, diretor de O Grande Grito

Grupo Luz e Ribalta e elenco do Grande Grito lamentam a morte de Zé Renato

Zé Renato dirigindo o elenco de O Grande Grito, fev/2011
Aos 85 anos, José Renato Pécora morreu no início da madrugada desta segunda-feira, 2 de maio, em São Paulo. Terminada a sessão de ontem de "12 homens e uma sentença", teatro Imprensa, ele foi jantar como de hábito no Planetas e de lá uma amiga, Ernê, foi ao Terminal do Tietê onde pegaria o ônibus da meia-noite para o Rio de Janeiro.

Segundo Ernê, ela o teria deixado na área de acesso ao terminal e, horas depois, recebeu ligação da enfermeira do Pronto Socorro de Santana, na Voluntários da Pátria, que localizou seu telefone no celular do próprio Zé Renato , comunicando a sua morte.

Após a sessão de domingo, o ator e amigo Oswaldo Mendes disse que se despediu do Zé Renato, na porta do Teatro Imprensa, e ainda brincaram que por pouco não viajariam juntos para o Rio, onde Oswaldo teria um compromisso de trabalho nesta segunda à tarde e na manhã de terça-feira. “Minha viagem já estava marcada para a manhã de hoje, segunda. Ele preferia sempre viajar à noite para amanhecer no Rio. Desta vez, um enfarte interrompeu sua viagem e seus muitos planos de trabalho.” Disse o ator em nota por e-mail, nessa manhã.

Um pouco mais de José Renato, segundo Oswaldo Mendes

Jose Renato Pécora voltou a atuar como ator depois de 56 anos, estava em um momento feliz. O sucesso de "12 homens e uma sentença" é, especialmente, o sucesso dele que, por ter feito a sua trajetória no teatro como diretor, desde que criou o Teatro de Arena, não tinha provado o reconhecimento das platéias, em especial dos muito jovens que assistem ao espetáculo. Reconhecimento que agora ele experimentou com uma alegria juvenil que nós, que dividíamos o camarim com ele, testemunhamos nesses sete meses de temporada.

O Zé ria, fazia e provocava piadas, formava o nosso coral que todas as noites desengavetava um repertório de músicas do passado, em exercício de puxar pela memória. Era assim o "aquecimento" e a "concentração" de rotina antes do espetáculo. Uma noite, de tanto rir das brincadeira do Riba, do Norival Rizzo e da Ieda, nossa fiel camareira, ele desabafou com um sorriso largo: "Vocês ainda vão me provocar um enfarte de tanto rir".

Na sessão deste domingo, ele trocou uma palavra do seu texto, que só o elenco percebeu. Em vez de dizer "o velho queria um pouco de atenção" ele disse: "o velho queria um pouco mais de tempo". Me fugiu a palavra, ele se desculpou sorrindo no camarim ao final do espetáculo. Pois é, tanto ele como todos nós queríamos um pouco mais de tempo para o nosso encontro. Não fomos atendidos. Fica em nós a saudade, que dói demais. Mas fica também a certeza de que José Renato marcou definitivamente o teatro brasileiro - e, em particular, marcou a vida e o caminho de cada um de nós.

Obrigado, Zé.

Do amigo e discípulo Oswaldo Mendes

Zé Renato ao lado de Carlos Francisco, Theodora Ribeiro, Níveo Diegues,
Décio Pinto e demais do elenco, além da autora Gabriela Rabelo
José Renato Pécora (*1926/+2011)

Biografia (fonte Itaú Cultural)


Diretor. Fundador e idealizador do Teatro de Arena, diretor do espetáculo Eles Não Usam Black-Tie, considerado divisor de águas, que introduz o nacionalismo no teatro brasileiro.

Ainda como aluno da primeira turma da Escola de Arte Dramática - EAD, em São Paulo, onde se forma em 1950, José Renato sugere o formato em arena para um espetáculo. O professor e crítico Décio de Almeida Prado oferece suporte teórico para a idéia apresentando-o ao estudo pioneiro de Margot Jones, Theater in The Round. José Renato e Décio escrevem, em colaboração com Geraldo Mateus Torloni, uma justificativa teórica para o projeto, apresentada como tese no 1º Congresso Brasileiro de Teatro, no Rio de Janeiro, em 1951.

No intuito de empenhar-se na experimentação do formato arena, articula uma companhia que a realize, fundando o Teatro de Arena de São Paulo, em 1953. A primeira montagem, sob sua direção, ocorre no Museu de Arte de São Paulo - Masp (ainda na Rua Sete de Abril), com Esta Noite É Nossa, de Stafford Dickens. O pequeno repertório formado nos anos subseqüentes apresenta-se em fábricas, clubes e escolas, até ser adaptada a sala que é sede do empreendimento, na Rua Teodoro Baima, em 1955.

Suas primeiras direções são exercícios, destinados ao encontro de uma estética em arena. Após a fusão com o Teatro Paulista do Estudante, TPE, o Arena aumenta seu contingente e ambiciona montagens mais relevantes, como Escola de Maridos, de Molière, em 1955. José Renato dirige Eles Não Usam Black-Tie, em 1958, lançando o primeiro texto de Gianfrancesco Guarnieri, germe do futuro Seminário de Dramaturgia. São direções suas, ainda no Arena, Revolução na América do Sul, de Augusto Boal, em 1960; e Os Fuzis da Sra. Carrar, de Bertolt Brecht, em 1962.

José Renato cumpre um estágio na França junto ao Théâtre National Populaire, TNP, de Jean Villar, retornando ao final de 1959, quando o Arena excursiona no Rio de Janeiro. Nesta cidade é contratado para dirigir o Teatro Nacional de Comédia - TNC, agora também inclinado no rumo da nacionalização do repertório, ali estreando Boca de Ouro, de Nelson Rodrigues, em 1962, cuja direção garante a ele o Prêmio da Associação de Críticos do Rio de Janeiro. No mesmo conjunto, é o diretor de O Pagador de Promessas, de Dias Gomes, em 1963. Seguem-se outras produções, entre elas O Círculo de Giz Caucaziano, de Bertolt Brecht, e As Aventuras de Ripió Lacraia, de Chico de Assis, em 1963, levadas em repertório para todas as capitais do país.

Em 1964, inaugura o Teatro Ruth Escobar, com A Ópera dos Três Vinténs, de Bertolt Brecht. Após o golpe militar, vai para Curitiba, onde ajuda a fundar o Teatro de Bolso, com a encenação de O Noviço, de Martins Pena, 1965. Com a extinção do TNC, Renato torna-se um diretor de produções isoladas. Em 1979 encena Rasga Coração, obra do amigo de longa data Oduvaldo Vianna Filho, um de seus maiores sucessos de crítica e público, num momento marcado pelo teatro de resistência.

Em 1970 ingressa como professor de direção teatral na Escola de Teatro da Fefierj, atividade que exerce até 1996, ao se aposentar. Dedicou-se também à dramaturgia, sendo de sua autoria: Plantas Rasteiras, prêmio de melhor autor da Academia Paulista de Letras; Escrever sobre Mulheres, encenada no Teatro Brasileiro de Comédia - TBC, 1951, e no Teatro de Arena, 1956; Ternura, encenada na TV Record, São Paulo, 1957; Visita de Pêsames; O Aniversário; Ano Bom em Família; Alguém Dormiu com Maria; sendo co-autor, juntamente com Paulo Pontes e Milton Moraes, de Um Edifício Chamado 200.

Depois de décadas ausentes dos palcos como ator, José Renato integrou em 2010 o elenco da peça Doze Homens e Uma Sentença e dirigiu O Grande Grito, de Gabriela Rabelo, 2011.


Mais informações

Galpão do Grupo Tapa: 11 3662-1488

O velório  está previsto para ser realizado no Teatro de Arena
Rua Teodoro Baima, 94, Consolação, São Paulo. A partir das 17h.
O sepultamento acontece em 03 de maio - 10h - Cemitério do Morumbi.
Links Relacionados:
Ultimo Segundo
Aplauso Brasil

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Grande Grito encerra temporada em São Paulo com crítica positiva sobre o espetáculo

Trama se desenvolve dois planos diferentes
Em sua última semana de apresentações, o espetáculo que esteve em cartaz desde 11 de março, no CCSP - Sala Jardel Filho, recebe mais um voto favorável da crítica. A obra de Gabriela Rabelo, dirigida por José Renato, fará parte do roteiro de apresentações da Virada Cultural em São Paulo, reservando para o dia 16 (sábado) uma sessão grátis às 19h.

O espetáculo que encerra suas apresentações em 17 de abril (domingo), segue para algumas cidades do interior que têm relação com a biografia de Mário de Andrade, como Araraquara.

De acordo com a Crítica do Estadão o Grande Grito faz importante alerta a respeito dos “descuidos e agressões freqüentemente cometidos contra o Patrimônio Cultural da Terrae Brasilis”. Confira a íntegra dessa crítica de Jefferson Del Rios em Imprensa.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Comece sua Virada 2011 com o Grande Grito, no CCSP

A edição da Virada Cultural acontecerá nos dias 16 e 17 de abril, com início às 18 horas do sábado(16).  Por isso, comece sua Virada com a apresentação especial de O Grande Grito, na sala Jardel Filho, do Centro Cultural São Paulo (ao lado da estação de metrô Vergueiro). A apresentação especial começa ás 19h. Depois do Grito você ainda terá  24 horas ininterruptas de programação, com mais de mil atrações gratuitas espalhadas por diversos palcos da cidade, numa realização da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo em parceria com o SESC e a Secretaria de Estado da Cultura, e adesão das mais importantes instituições culturais da cidade.Leia mais sobre a programação da Virada Cultural 2011

domingo, 3 de abril de 2011

Amigos chegam do Rio para prestigiar O Grande Grito

Amigos do elenco André Lopes, Lula Martins e Rubia Amado também ficaram muito bem impressionados com O Grande Grito e fizeram questão de registrar alguns momentos da peça. Ao final da apresentação desse sábado (2/04), o grupo agradeceu o público e estendeu a todos o compartilhamento de opiniões e imagens.

Sua opinião pode ser escrita na Página de Cometários ( na linha supeior desse blog) e suas imagens podem ser enviadas para o e-mail: corinnassis@gmail.com (webmaster). Ás vesperas da 5a. semana de temporada, o grupo lembra da sessão especial para escolas ás 5a. feiras e agradece a todos que tendo visto a peça continuam divulgando para os amigos.

Além disso, você já pode adquirir com pronta entrega o Livro Macunaíma. Muitos espectadores relataram dificuldades para comprar a grande obra do escritor. Graças a uma parceria da Produção com a Livraria Jefte, agora basta clicar na foto do livro na coluna da direita desse blog e fazer seu pedido.

O Grande Grito permanece em cartaz na sala Jardel Filho, do CCSP, até 17 de abril, sempre de sexta e sábado - 21h e domingo - 20h.
Mário/ator Níveo Diegues reconhece que está preso junto à sua obra
(Foto:Lula Martins)
Mário de Andrade em meio ao material trazido pela Missão
de Pesquisas Folclóricas (foto: Lula Martins)
Mario de Andrade em conversa com Exu (Adão Filho) que o mantém preso no depósito
(Foto: Lula Martins)
Mário de Andrade dividido entre os dois mundos
(foto:Lula Martins)
Mário de Andrade e seu personagem Macunaíma (Augusto Pompeo)
(foto: Lula Martins)
Mário de Andrade na ponte da transição entre os dois universos da peça
(foto: Lula Martins)

Você pode ver ainda mais imagens nos links abaixo:
O Grande Grito by Lula Martins/ http://twixar.com/P0vej0ED7
O Grande Grito by Osmar Prates/ http://twixar.com/f7bcC2W
O Grande Grito by  João Caldas/  http://twixar.com/f9wBFp

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Espetáculo O Grande Grito tem sessão especial e gratuita para escolas

Se você é professor/diretor pedagógico na rede pública ou particular e aprecia literatura não pode perder essa oportunidade para seus alunos assistirem a uma peça de teatro sobre o escritor Mário de Andrade.

O Grande Grito, estreou no Centro Cultural SP, no dia 11 de março e conta com duas apresentações especiais e gratuitas (7 e 14 de abril) para estudantes. A peça de Gabriela Rabelo, com direção de José Renato, foi produzida pelo Grupo Luz e Ribalta e fala de uma parte pouco conhecida do escritor Mário de Andrade, quando ele esteve à frente do Departamento de Cultura de São Paulo (1935/1938). Lá entre suas inúmeras iniciativas na área cultural e educacional, Mário de Andrade também conseguiu concretizar a Missão de Pesquisas Folclóricas, que percorreu cidades e vilarejos da região Norte e Nordeste do Brasil, entre janeiro e Julho de 1938, reunindo vasto e diversificado material sobre a cultura popular brasileira.

Esse rico acervo que se encontra em parte na Biblioteca Oneyda Alvarenga/CCSP e no Instituto de Estudos Brasileiros (IEB/USP) serve ainda hoje de inspiração para diversas linhas artísticas e constitui o pano de fundo dessa trama, que aponta outras faces de Mário de Andrade, além do escritor.

Antes da apresentação, os estudantes podem visitar a exposição sobre a Vida, Obra de Mário de Andrade e a Missão de Pesquisas Folclóricas também aberta no CCSP. Após o espetáculo está proposto um bate-papo com os estudantes: dia 7 com José Rubens Siqueira e dia 14 com Jorge Miguel Marinho.

Para reservar o lugar do seu grupo em uma das apresentações acima, basta entrar em contato com a Administração do Centro Cultural São Paulo através do e_mail visitasccsp@prefeitura.sp.gov.br ou do telefone 11 3397- 4036. A indicação etária para o espetáculo é de 14 anos.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Detalhes que fazem toda a diferença

Quem vai assistir ao espetáculo O Grande Grito, de Gabriela Rabelo, com direção de José Renato, em cartaz no CCSP-Sala Jardel Filho, até dia 17 de abril e se depara com um cenário cheio de caixas velhas, dando a impressão de um depósito, nem imagina os detalhes que estão por de traz.

Para compor o elogiado cenário, que é o porão de uma biblioteca na Lapa, onde ficou guardado por muito tempo todo o acervo trazido pela Missão de Pesquisas Folclóricas, ocorrida em 1938, o cenógrafo Márcio Tadeu contou com a ajuda preciosa de uma competente aderecista: Helô Cardoso (Heloisa Cardoso Villaboim de Carvalho)/foto  acima. Ela trabalha com teatro desde 1982 aproximadamente e também é professora de máscaras e cenografia na Unicamp.

Helô nos conta que foi assistente de Marcio Tadeu por muitos anos, e o considera seu grande mestre, além de outros como Donato Sartori - mascareiro italiano, Alvaro Apocalypse e Prof. Geraldo Arcangelo.

Para O Grande Grito, Helô conta que montou uma equipe de cinco pessoas - Eduardo Caiuby, Rosaly de Simas, Caio Sanfelice e Gabriel Caiuby , com as quais fez muito envelhecimento, pois o espetáculo trata de épocas diferentes, usou caixas, papéis envelhecidos além de confeccionar adereços , quadrinhos naifs, alguns objetos e esculturas.”Foi muito bom trabalharmos com este grupo”, diz ela.
Casal Rosi e Rico (interpretados por Miriam Amadeu e Murilo Inforsato)
entre as caixas do depósito da biblioteca (foto:Joao Caldas)

Para Helô Cardoso o adereço pode ajudar muito um ator em cena. Ele pode ser uma ferramenta de força, com a qual se passa para o personagem mais informação - época, afetos , relacões estabelecidas com outros personagens etc... No caso dessa peça, todos os objetos são muito importantes, pois eles contam parte da história a ser vivida pelos atores.

Mas quem é que põe no lugar certo, tudo que é usado durante o espetáculo? Amanhã você conhece um pouco mais sobre o trabalho do contra-regra. Como eu disse no começo, são detalhes que fazem um espetáculo como esse funcionar. Você confere O Grande Grito, na sala Jardel Filho do CCSP, ás sextas e sábados - 21h ou aos domingos – 20h, até dia 17 de abril.

terça-feira, 29 de março de 2011

Pesquisa sobre a Cultura Popular iniciada por Mário de Andrade ainda serve de inspiração

A Missão de Pesquisas Folclóricas Hoje foi o tema da aula ministrada pela professora titular da USP, Flávia Camargo Toni (mestra, doutora, livre-docente, pesquisadora e curadora no Instituto de Estudos Brasileiros-IEB), no ultimo sábado, 26/3, no espaço Debates, do Centro Cultural São Paulo(CCSP).

A apresentação foi acompanhada pelo elenco de O Grande Grito, peça em cartaz no CCSP, sua autora Gabriela Rabelo e o diretor José Renato, além de outros amigos e convidados. Durante sua apresentação, a professora Flávia afirmou não ter dúvidas do interesse que o material cuidadosamente apurado durante a Missão de Pesquisas Folclóricas gera nas diversas classes artísticas, em outros pesquisadores e no público em geral.
Parte do material recolhido durante a Missão de Pesquisas Folclóricas (foto:Luiz Saia)
De acordo com sua tese, Mário de Andrade deu ao grupo de pesquisadores que partiu em direção ao Norte e Nordeste do Brasil, em fevereiro de 1938, vasto campo de pesquisa e, bom articulador que era, facilitou a entrada dele em várias cidades, onde já havia mantido contato com amigos, etc.

A Professora Flávia frisou a qualidade da equipe que compunha a Missão de Pesquisas Folclóricas e falou da capacidade profissional e técnica de cada um dos participantes: Luiz Saia, técnico geral e que havia cursado aulas de Etnografia e Folclore (ministradas por Dina Levi-Strauss, no Depto de Cultura, 1936); Martin Braunwieser, músico, que era quem decidia o que deveria ser gravado; Benedito Pacheco, técnico em gravação e Antonio Ladeira, técnico que também ajudava nas gravações e transporte do material fonográfico, fotográfico e câmeras cinematográficas.

Registro de ritos e canções tradicionais na Paraíba(foto: Luiz Saia)
Para a professora Flávia, o trabalho e a luta iniciada por Mário de Andrade colaborou e muito para a construção de uma memória cultural, onde a arte folclórica, por assim dizer, não constava ou não tinha importância. Segundo ela, só nessa missão, com todas as dificuldades técnicas da época, quando era muito caro gravar ou fotografar, a equipe conseguiu registrar cerca de 1.500 melodias, e trazer 674 fotos, além de pequenos trechos filmados. “ Em cada cidade que aportavam, era um acontecimento, pois nunca se tinha pensado em algo parecido para os padrões da época”, comenta a professora.
 
Registro dos carregadores de Piano que cantavam enquanto trabalhavam
(foto: Luiz Saia)
A professora Flávia falou ainda das dificuldades em se manter o acervo da Missão de Pesquisas, especialmente após o afastamento definitivo de Mário de Andrade do Depto de Cultura, e da importância de cada funcionário que zelou por esse material com atenção especial, até que lhe encontrassem um local apropriado (pano de fundo da peça O Grande Grito). “Um acervo que ainda hoje inspira músicos e artistas pela riqueza, precisão e qualidade dos materiais coletados a respeito de nossa cultura, de nosso Brasil”, diz ela.Entre fonogramas raros e imagens captadas da época, a professora ilustrou a importância desse acervo que contém um panorama da cultura nacional, com modinhas, canções, ritos e tradições que já pediam preservação naquela época. Inclusive, a professora também revela a luta de Mário de Andrade na aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) justamente visando a preservação da diversidade cultural brasileira.

Os debates sobre Mário de Andrade e seus trabalhos continuam no CCSP. Na próxima quinta-feira, 31/3, será a vez do debate - Mario e Macunaíma, com a Professora Mirtes Mesquita (atriz e mestranda na área de Teatro da USP). A conversa acontece após a apresentação especial de O Grande Grito, para escolas.

E parte do acervo (imagens) da Missão de Pesquisas Folclóricas também pode ser conferido na Exposição paralela à peça O Grande Grito, que está instalada no espaço Missão (acesso pela rua Vergueiro, na sala de vidro oposta à biblioteca-subsolo) de terça à sábado das 13h às 20h30 e domingo das 13h às 19h30.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Debate sobre a Missão de Pesquisas Folclóricas acontece nesse sábado,26, no CCSP

Como parte do projeto O Grande Grito, contemplado pelo PROAC, da Secretaria de Estado da Cultura, acontece nesse sábado,26, antes da peça O Grande Grito,15h, o debate: A Missão de Pesquisas Folclóricas hoje, com Flávia Camargo Toni (mestra, doutora, livre-docente e professora titular da USP e pesquisadora e curadora no Instituto de Estudos Brasileiros)

A Missão de Pesquisas Folclóricas foi um projeto do Mário de Andrade em sua gestão de diretor do Departamento de Cultura de São Paulo. Em 1938 quatro pesquisadores anotaram, gravaram, filmaram e fotografaram manifestações populares das regiões do Norte e Nordeste do Brasil. Nesta palestra será abordado o significado do material que foi trazido pela Missão, tanto na época em que foi feita como nos dias atuais.

A peça o Grande Grito em cartaz desde o dia 11 de março tem como pano de fundo justamente a realização dessa missão. Além da peça e dos debates propostos durante a temporada, o público também pode prestigiar a Exposição sobre a vida de Mário de Andrade e Missão de Pesquisas Folclóricas, instalada no espaço Missão do CCSP (primeira sala à direita, no andar subsolo, de quem entra pela rua Vergueiro. Vale a pena conferir.

Serviço
Debate sobre a Missão de Pesquisas Folclóricas/26 de março/15h

C/ os produtores de O Grande Grito e a pesquisadora Flávia Camargo

Entrada franca - Sala de Debates (70 lugares)

quarta-feira, 23 de março de 2011

Alterações no elenco de O Grande Grito

foto:Osmar Prates
O ator Carlos Cambraia(foto) se despede do elenco e seu personagem, Dr. Flávio, passa a ser vivido por Décio Pinto, no grupo desde o inicio dos ensaios de o Grande Grito. Antes da estréia em 11 de março, Décio que se preparava para encarnar o Dr. Flávio na peça teve de ser afastado por problemas de saúde. Seu lugar foi gentilmente ocupado pelo também ator Carlos Cambraia, que deu duro para se inteirar dos ensaios, da peça e da proposta. Desafio aceito, O Grande Grito estreou com enorme aprovação do público e da crítica.
Recuperado e de alta médica, Décio Pinto assume a partir dessa terceira semana de temporada o papel do funcionário público Dr. Flávio, na trama de Gabriela Rabelo, com direção de José Renato. O Grande Grito segue no CCSP- Sala Jardel Filho - até 17 de abril. Contemplados pelo PROAC, da Secretaria de Estado da Cultura, o grupo Luz e Ribalta deve viajar com o espetáculo para cidades que ficaram marcadas com a presença do escritor Mário de Andrade, como Araraquara, onde ele passou longa temporada após a morte do seu irmão.


O Ator Níveo Diegues agradece e esclarece ao público a
substituição de Cambraia no papel de Dr. Flávio
(foto:Osmar Prates)



O ator Décio Pinto (á direita), ao lado do dir.José Renato,
em ensaios antes de seu problema de saúde
(foto:Manuela Ribeiro)

Ator C.Cambraia em ensaio com o grupo. Ao fundo o dir. José Renato
a autora Gabriela Rabelo e Níveo Diégues, que faz o papel de Mário de Andrade
(foto:Manuela Ribeiro)

Ator Carlos Cambraia, junto com Carlos Francisco
 durante Leitura da peça no Museu da Língua Portuguesa
(foto:Manuela Ribeiro)

Na apresentação desse domingo (20/3), equipe, elenco e público agradeceram a participação de Carlos Cambraia e sua generosidade em substituir o colega por tão pouco tempo, o que permitiu ao grupo manter a data de estréia e seguir com o trabalho.

Elenco ao final da apresentação desse domingo 20/3
(Foto:Osmar Prates)


terça-feira, 22 de março de 2011

Crítico de teatro e membro da APCA considera a montagem de O grande Grito “Bem Sucedida”

Afonso Gentil, que esteve na semana de estréia de O Grande Grito disse ter ficado muito feliz pelo grupo, com as recentes críticas da Maria Lucia Candeias, no Aplauso Brasil, (onde também é colaborador) e da Vejinha (publicada na semana de 18/3, http://twixar.com/n4ZDsbs)

Em nota aos integrantes do Grupo Luz e Ribalta e à equipe de O Grande Grito, Gentil disse considerar extremamente bem sucedida esta nova montagem do José Renato, moldador de talentos. Ainda segundo o crítico, todo o elenco está muito bem integrado, com um Niveo Diegues em total estado de graça na pele do Mário de Andrade, seguido de perto pelos seus comparsas do "outro mundo", nos dois sentidos, Adão Filho e Augusto Pompeo, respectivamente nos papeis de Exu e Macunaíma (foto)

Mario de Andrade no centro (Níveo Diegues) com Macunaima (Augusto Pompeo) e Exú (Adão Filho)
Ainda segundo Gentil, “ ...o cenário de Márcio Tadeu, mágico e inspirador, muito contribui para o clima lúdico dos três personagens. Além disso, o texto da Gabriela Rabelo é bastante engenhoso ao amalgamar os dois planos ficcionais dando-lhes verossimilhança cênica. Talvez, se com menos peripécias na trama "real" (caso dos jovens amantes), o texto pudesse mostrar com mais apuro a personalidade artística desse monstro da nossa literatura folclórica e telúrica.”
 O Grande Grito fica em cartaz até o dia 17 de abril, no Centro Cultural São Paulo, Sala Jardel Filho. Sextas e Sábados as 21h, domingos às 20h. Ingressos: R$ 20,00.

domingo, 20 de março de 2011

Na 2ª semana de temporada, O Grande Grito é novamente aprovado pelo público e pela crítica

Em cartaz até o dia 17 de abril, no Centro Cultural São Paulo, a peça O Grande Grito, de Gabriela Rabelo, com direção de José Renato, segue apreciada pela crítica e cada vez mais aprovada pelo público. Acompanhe critica da revista Veja em http://twixar.com/n4ZDsbs

Mário de Andrade(Níveo Diegues) em colóquio com Exú(Adão Filho)

Para entender ainda mais o espetáculo, estrelado pelo ator Níveo Diegues, no papel de Mário de Andrade, e grande elenco, o espectador pode visitar antes ou depois do espetáculo a Exposição intitulada: A vida, obra de Mário de Andrade e a Missão de Pesquisas Folclóricas, instalada no piso inferior no CCSP, saída vergueiro, no espaço Missão.

Essa Exposição integra o Projeto O Grande Grito, premiado pelo PROAC da Secretária Estadual da Cultura e pretende discutir a vida e a obra de Mario de Andrade durante o período em que ele foi diretor do Departamento de Cultura, com enfoque na Missão de Pesquisas Folclóricas (excursão ao Norte e Nordeste feita em 1938 sob a orientação de Mario de Andrade).

A instalação da Exposição foi criada pelo artista plástico, professor, cenógrafo e figurinista Márcio Tadeu e terá a curadoria de Gabriela Rabelo que fará também a orientação da monitoria que acompanhará os agendamentos para grupos.
A história de Mário de Andrade, quando esteve à frente do departamento de cultura de São Paulo, entre 1935 e 1938, numa gestão polêmica e muito ativa traz à tona um lado pouco conhecido do escritor, famoso pela publicação de Macunaíma e pela Semana de Arte Moderna de 1922.

terça-feira, 15 de março de 2011

Crítica recomenda o Grande Grito

A escritora e critica de teatro Maria Lúcia Candeias, que acaba de relançar seu livro: Duas tábuas e uma paixão – o Teatro que eu vi(organizado por José Simões de Almeida Jr/Imprensa Oficial) durante o IV Festival Ibero-Americano de Teatro, aprovou e recomendou o espetáculo o Grande Grito, de Gabriela Rabelo, com direção de José Renato, no CCSP .

Presente na estréia, em 11 de março, ela disse que a peça conta com um “time de peso”, respeitável e que só por isso já vale a ida ao teatro. “Quem gosta de teatro bem feito, com poucas passagens pelo mundo intelectual, não deve perder.”, disse. Leia mais em Aplauso Brasil / http://twixar.com/NLjm

Cenas de o Grande Grito mesclam mundo mítico e real


domingo, 13 de março de 2011

Público aprova espetáculo e aplaude de pé a luta Mário de Andrade


Mário de Andrade (interpretado por Níveo Diegues)
em colóquio com seu personagem Macunaíma (Augusto Pompeo)
Com a casa lotada (324 lugares) O Grande Grito, que estreou em 11 de março e tem temporada até 17 de abril, no CCSP, sala Jardel Filho, surpreendeu o público revelando aspectos pouco conhecidos da vida do escritor Mario de Andrade.

Sua preocupação e angustia com a cultura nacional, sua polêmica gestão á frente do Departamento de Cultura da cidade de São Paulo, entre 1935 e 1938, além de sua postura hostil com as burocracias governamentais, dão o tempero desse enredo que mostra um escritor para além de sua própria obra literária.

Em diálogo com seu mais famoso personagem, Macunaíma, o escritor revela suas preocupações e teme por um mundo sem memória, por um Brasil sem cultura, sem raízes. A crítica não é sem fundamento e se revela na postura do casal jovem da peça, que conhece parcialmente sobre grandes autores brasileiros através de resumos para vestibular na internet.

A peça escrita por Gabriela Rabelo e dirigida por José Renato, pode ser conferida até 17 de abril no CCSP. Se você já assistiu deixe sua opinião no final dessa matéria e compartilhe com seus amigos.
Macunaíma e Exu na memória espiritual de Mário
Crédito das Imagens: João Caldas. Veja mais imagens do espetáculo em

sexta-feira, 11 de março de 2011

Uma parte pouco conhecida da vida de Mário de Andrade em O Grande Grito

O Grande Grito, peça de Gabriela Rabelo, com direção de José Renato, estréia nesta sexta-feira,11 de março, em curta temporada no Centro Cultural São Paulo, Sala Jardel Filho. Há poucas horas do espetáculo, blog dos bastidores da peça já atinge cerca de 800 acessos.
Mário de Andrade, quando era diretor do Departamento de Cultura paulistano:
visita ao Parque Infantil Dom Pedro II, em 1937,(veja/abril.com.br)
Esse interessante trabalho fala sobre o escritor Mário de Andrade e sua polêmica atuação no primeiro Departamento de Cultura da cidade de São Paulo, entre 1935 e 1938. Dessa gestão ficaram sementes de projetos para Educação e Cultura que existem até hoje, como os CEU’s (tiveram sua base nos primeiros Parques Infantis), a Discoteca Municipal, Oneyda Alvarenga, com vasto acervo no CCSP, o IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (antigo Sphan, para preservação de construções e obras históricas) eventos que popularizaram a música erudita e o canto, alem é claro do projeto Missão de Pesquisas Folclóricas (1938), pano de fundo do enredo dessa peça, que retrata a preocupação do escritor com a cultura nacional e a preservação das riquezas culturais encontradas por ele e sua equipe nas regiões Norte e Nordeste.

Retratando o aspecto humano do escritor Mário de Andrade, a peça também esclarece muito sobre sua obra e incentiva o espectador a fazer uma releitura da mesma, ampliando o conhecimento sobre ele para além dos eventos que o projetaram e pelos quais Mário de Andrade é normalmente mais conhecido, como a Semana de Arte Moderna de 1922 e o lançamento do livro Macunaíma - o herói sem nenhum caráter em 1928.

Durante a temporada deste Espetáculo, ou seja, até 17 de abril, você também pode visitar a Exposição A vida, a obra de Mario de Andrade e a Missão de Pesquisas Folclóricas (de terça à sábado das 13h às 20h30. Domingo das 10h às 20h30) Além disso, também pode se inscrever e participar dos painéis de conferência e debate sobre a peça com estudiosos sobre Mário de Andrade.
Elenco
NÍVEO DIEGUES (como Mário de Andrade) e ainda ADÃO FILHO / AUGUSTO POMPEO / CARLOS FRANCISCO / CARLOS CAMBRIA/DÉCIO PINTO / MÍRIAM AMADEU / MURILO INFORSATO / THEODORA RIBEIRO

Cenografia e Figurinos: Márcio Tadeu

Adereços: Helô Cardoso

Iluminação: Davi de Brito

Operador de Luz: Alex Nogueira

Operador de Som: Ricky Soares
Música: Renato Primo Commi

segunda-feira, 7 de março de 2011

Ensaios a todo vapor para a estréia de O Grande Grito, no CCSP, 11 de março

Cena de O Grande Crito: com Níveo Diegues, como Mário de Andrade,
Adão Filho, como Exú, e Augusto Pompeo, como Macunaíma
A sala de ensaio é pequena, escondida, mas é lá...no andar subterrâneo do Centro Cultural que se ventila e se fomenta e cresce o impulso para o Grande Grito.

A peça de Gabriela Rabelo, tem nessa montagem do Grupo Luz e Ribalta a impecável e precisa direção de José Renato. Atento, pede silêncio e não permite que nada atrapalhe a concentração do elenco. Anota tudo, depois...no intervalo dá retorno para todos e de olho no tempo...espera ver melhor e melhor na próxima passagem.

Contemplados com o Proac, da Secretaria da Cultura, o grupo vai contar uma passagem muito significativa da vida do escritor Mario de Andrade e que pouca gente conhece. Em o Grande Grito, o lado humano e sensível do escritor para a cultura e para a formação de uma consciência cultural ficam em evidência. Convidado para chefiar o departamento de Cultura de São Paulo, entre 1935 e 1938, Mário de Andrade mostra uma gestão forte, polêmica e cheia de novidades, muitas das quais o Estado segue até hoje.

Com forte preocupação com a preservação cultural, uma das batalhas do escritor foi a concretização da Missão de Pesquisas Folclóricas, pano de fundo da peça, que nos serve ainda hoje de questionamento:o Brasil Conhece o Brasil?

Com questões tão atuais o elenco não faz por menos e vai fundo no objetivo de Mário de Andrade de mostrar o Brasil aos Brasileiros. O ator Níveo Diegues que faz o personagem de Mário de Andrade na trama diz se sentir honrado com o papel e o desafio. “Espero deixar claro com minha atuação que Mário foi além de sua obra conhecida nos livros, como Macunaíma, mas como pessoa, como homem, ele amou demais esse país, sua gente, suas riquezas culturais e essa preocupação não morre com ele, deve , em verdade, ser o mote de todo artista, do que vale a obra se ela não fica, se não continua transformando?”,diz.

O ator Augusto Pompeo que faz um dos personagens mais polêmicos de Mário de Andrade, Macunaíma, também falou desse desafio. Para ele a peça traz também outra reflexão nos diálogos entre criador e criatura, onde muitas vezes angustiado, Mário de Andrade é amparado por sua “criatura”.

O casal jovem da peça é representado por Murilo Inforsato e Miriam Amadeu que fazem Frederico e Rose. Para eles, o Grande Grito traz outro questionamento: qual a visão de literatura brasileira que se tem hoje? “Grandes mestres como Mário de Andrade e outros como Machado de Assis aparecem apenas confinados em livros pré-vestibular, onde são lidos de uma forma obrigatória e desinteressante, o que os jovens de hoje sabem além do que viram em resumos da internet?” Por isso, ampliando o escopo sobre o lado humano do artista, esta peça ajuda outras gerações a compreenderem melhor o porquê de determinada obra.

Sempre interessado na pesquisa etnográfica e no folclore, Mário de Andrade se aproximou muito da cultura religiosa africana, que na peça está muito bem representada na figura de Exu- um tipo de Orixá originário do Candomblé. O Ator Adão Filho que representa esse Exu admite que precisou ir fundo nos estudos sobre esse tema, mas acredita que o trabalho valeu a pena.

A atriz Theodora Ribeiro em cena com Miriam Amadeu (sentada)
A peça o Grande Grito prometida para o dia 11 de março, na sala Jardel Filho do CCSP, ainda traz no elenco Theodora Ribeiro, Carlos Francisco e Carlos Cambraia, respectivamente como Dona Cecília, Seu Nilton e Dr Flávio, todos integrantes do plano visível dessa trama que busca, entre outras coisas, valorizar a luta de Mário de Andrade pela Cultura.
O ator Murilo Inforsato, no papel de Frederico
e Miriam Amadeu, como Rose
Os atores Carlos Cambrais(a esq) e Carlos Francisco. Ao fundo a autora Gabriela Rabelo e o ator Adão Filho

















quinta-feira, 3 de março de 2011

Aos 85 anos, José Renato dirige O Grande Grito com sensibilidade de artista e mãos de artesão

Dir..José Renato trabalhando com o elenco de O Grande Grito
O diretor José Renato formou-se em 1950 na primeira turma da Escola de Arte Dramática de São Paulo e fez especialização em direção no exterior. Em Paris foi assistente de Jean Vilar, René Clair, George Wilson e Gerard Philippe além de ser assistente de Giorgio Sthreller em Milão.

Ele dirigiu mais de 90 peças, entre elas “A Invasão”, de Dias Gomes com o Grupo El Galpon, no Uruguai. Ministrou cursos de Direção Teatral na Universidade do Rio de Janeiro (UNI-RIO) e para a Secretária de Estado da Cultura em São Paulo.

Esteve à frente do Grupo Casa da Comédia, no Teatro dos Arcos por 4 anos e com o Grupo da UMES, no Teatro Denoy de Oliveira, dirigiu uma das peças mais polêmicas de Brecht “Santa Joana dos Matadouros”.

Agora é a vez do Grupo Luz e Ribalta aproveitar a grande experiência e sensibilidade deste profissional. Jose Renato dirige o espetáculo O Grande Grito, de autoria de Gabriela Rabelo, que estreará na Sala Jardel Filho do Centro Cultural São Paulo, dia 11 de março de 2011.

Atencioso com todos e metódico com os detalhes, José Renato se divide entre essa direção e seu elogiadíssimo trabalho de ator no espetáculo “Doze Homens e Uma Sentença” em cartaz no Teatro Imprensa.
O Grande Grito
Texto
Gabriela Rabelo
Direção
José Renato
Música ambiental e incidental
Renato Primo Commi
Elenco: Adão Filho / Augusto Pompeo / Carlos Francisco / Carlos Cambraia/ Décio Pinto / Míriam Amadeu / Murilo Inforsato / Níveo Diegues e Theodora Ribeiro.